De quando estou em São Paulo

Na Lapa paulistana já não busco, espero.
Do alto de lá’pra cá
não chega resposta.
Já devia aprender:
da Lapa de lá, nada se traz. 

A praça nunca revista,
agora me revisita, atropela
Podia, a praça, ao menos,
digamos, dizer:
Desculpe moça, será que posso?
Me permite?
Mas, não! Ela já veio, vem,
e num sorriso como de quem debocha,
avisa, virá mais vezes. 

Crio agora praças próprias,
já em território paulista.
Desdigo as promessas,
acordos e o que mais vier.
Desdigo a rua, a vala, o meio fio,
desdigo o não dizer e uma saudade crua.
Tola nudez, essa mesma,
na qual desbravamos campos de algarrobos
Roubo-lhe então a palavra, calo.

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