Na Sala de Espera do Cinema

Sentada a canto,
distante, quase segura,
lota o salão.
Se antes vazio, tanto
mais agora.

Faço uso da
escrita
na torcida de não
ser achada:
não há
canto que seja escuro.

Olho todos e deles
debocho.
Outros me notam, notam
o papel, o lápis
e desnotam na
fotografia trás de mim
Num gesto que revela o
desejo de anular o anterior
Não dá,
já notou,
ela já viu,
todos viram!
E desviram,
comentam e são
comentados,
comedidos e
compensados.

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